sábado, 8 de setembro de 2012

Nunca é tarde para aprender


 
 
...45 lições que a vida me ensinou:


1. A vida não é justa, mas ainda é boa;

2. Quando estiver em dúvida, dê somente o próximo passo, pequeno;

3. A vida é muito curta para desperdiçá-la odiando alguém;

4. Seu trabalho não cuidará de você quando você ficar doente. Seus amigos e familiares cuidarão. Permaneça em contato;

5. Pague mensalmente seus cartões de crédito;

6. Você não tem que ganhar todas as vezes. Concorde em discordar;

7. Chore com alguém. Cura melhor do que chorar sozinho;

8. Pode ficar bravo com Deus. Ele suporta isso;

9. Economize para a aposentadoria começando com seu primeiro salário;

10. Quanto a chocolate, é inútil resistir;

11. Faça as pazes com seu passado, assim ele não atrapalha o presente;

12. É bom deixar suas crianças verem que você chora;

13. Não compare sua vida com a dos outros. Você não tem ideia do que é a jornada deles;

14. Se um relacionamento tiver que ser um segredo, você não deveria entrar nele;

15. Tudo pode mudar num piscar de olhos Mas não se preocupe; Deus nunca pisca;

16. Respire fundo. Isso acalma a mente;

17. Livre-se de qualquer coisa que não seja útil, bonito ou alegre;

18. Qualquer coisa que não o matar o tornará realmente mais forte;

19. Nunca é muito tarde para ter uma infância feliz. Mas a segunda vez é por sua conta e ninguém mais;

20. Quando se trata do que você ama na vida, não aceite um não como resposta;

21. Acenda as velas, use os lençóis bonitos, use roupa chic. Não guarde isto para uma ocasião especial. Hoje é especial;

22. Prepare-se mais do que o necessário, depois siga com o fluxo;

23. Seja excêntrico agora. Não espere pela velhice para vestir roxo;

24. O órgão sexual mais importante é o cérebro;

25. Ninguém mais é responsável pela sua felicidade, somente você;

26. Enquadre todos os assim chamados "desastres" com estas palavras 'Em cinco anos, isto importará?';

27. Sempre escolha a vida;

28. Perdoe tudo de todo mundo;

29. O que outras pessoas pensam de você não é da sua conta;

30. O tempo cura quase tudo. Dê tempo ao tempo;

31. Não importa quão boa ou ruim é uma situação, ela mudará;

32. Não se leve muito a sério. Ninguém faz isso;

33. Acredite em milagres;

34. Deus ama você porque ele é Deus, não por causa de qualquer coisa que você fez ou não fez;

35. Não faça auditoria na vida. Destaque-se e aproveite-a ao máximo agora;

36. Envelhecer ganha da alternativa, ‘morrer jovem’;

37. Suas crianças têm apenas uma infância;

38. Tudo que verdadeiramente importa no final é que você amou;

39. Saia de casa todos os dias. Os milagres estão esperando em todos os lugares;

40. Se todos nós colocássemos nossos problemas em uma pilha e víssemos todos os outros como eles são, nós pegaríamos nossos mesmos problemas de volta;

41. A inveja é uma perda de tempo. Você já tem tudo o que precisa;

42. O melhor ainda está por vir;

43. Não importa como você se sente, levante-se, vista-se bem e apareça;

44. Produza!

45. A vida não está amarrada com um laço, mas ainda é um presente.
 
(por Regina Brett, 90 anos de idade, coluna no The Plain Dealer, Cleveland, Ohio)

terça-feira, 19 de junho de 2012

Pronomes



Meu, o cenário árido, teu, o litorâneo;

Meu, o caminho, tua, a rota;

Meu, o diagnóstico, tua, a cura;

Meu, o olhar, tua, a beleza;

Meu, o toque mais leve, teu, o corpo, a pele;

Minha, a boca, teu, o beijo doce;

Meu, o desejo, tua, a conjunção;

Meu, o verbo, tua, a conjugação;

Meu, o pronome, teu, o adjetivo.


'Não conheço nenhuma outra razão para amá-la senão amá-la.'


Sou de minha amada...





Por mim, pra você, minha Diva, hoje, 12/6/2012, as 05h43min.

sábado, 28 de janeiro de 2012

Soneto do Amigo (Vinicius de Moraes)


Enfim, depois de tanto erro passado
Tantas retaliações, tanto perigo
Eis que ressurge noutro o velho amigo
Nunca perdido, sempre reencontrado.

É bom sentá-lo novamente ao lado
Com olhos que contêm o olhar antigo
Sempre comigo um pouco atribulado
E como sempre singular comigo.

Um bicho igual a mim, simples e humano
Sabendo se mover e comover
E a disfarçar com o meu próprio engano.

O amigo: um ser que a vida não explica
Que só se vai ao ver outro nascer
E o espelho de minha alma multiplica...

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

DESEJO - Sergio Jockymann


Desejo primeiro que você ame,
E que amando, também seja amado.
E que se não for, seja breve em esquecer.
E que esquecendo, não guarde mágoa.

Desejo, pois, que não seja assim
Mas se for, saiba ser sem se desesperar
Desejo também que tenha amigos
Que mesmo maus e inconseqüentes
Sejam corajosos e fiéis
E que pelo menos em um deles
Você possa confiar sem duvidar

E porque a vida é assim
Desejo ainda que você tenha inimigos
Nem muitos, nem poucos
Mas na medida exata para que
Algumas vezes você se interpele
A respeito de suas próprias certezas.
E que entre eles
Haja pelo menos um que seja justo

Desejo depois, que você seja útil
Mas não insubstituível
E que nos maus momentos
Quando não restar mais nada
Essa utilidade seja suficiente
Para manter você de pé.

Desejo ainda que você seja tolerante
Não com os que erram pouco
Porque isso é fácil
Mas com os que erram muito e irremediavelmente
E que fazendo bom uso dessa tolerância
Você sirva de exemplo aos outros

Desejo que você, sendo jovem,
Não amadureça depressa demais
E que sendo maduro
Não insista em rejuvenescer
E que sendo velho
Não se dedique ao desespero
Porque cada idade tem o seu prazer e a sua dor

Desejo, por sinal, que você seja triste
Não o ano todo, mas apenas um dia
Mas que nesse dia
Descubra que o riso diário é bom
O riso habitual é insosso
E o riso constante é insano.

Desejo que você descubra
Com o máximo de urgência
Acima e a respeito de tudo
Que existem oprimidos, injustiçados e infelizes
E que estão bem à sua volta
Desejo ainda
Que você afague um gato, alimente um cão
E ouça o joão-de-barro
Erguer triunfante o seu canto matinal
Porque assim, você se sentirá bem por nada

Desejo também
Que você plante uma semente, por menor que seja
E acompanhe o seu crescimento
Para que você saiba
De quantas muitas vidas é feita uma árvore

Desejo, outrossim, que você tenha dinheiro
Porque é preciso ser prático
E que pelo menos uma vez por ano
Coloque um pouco dele na sua frente e diga:
"Isso é meu"
Só para que fique bem claro
Quem é o dono de quem

Desejo também
Que nenhum de seus afetos morra
Por eles e por você
Mas que se morrer
Você possa chorar sem se lamentar
E sofrer sem se culpar

Desejo por fim
Que você sendo homem, tenha uma boa mulher
E que sendo mulher, tenha um bom homem
Que se amem hoje, amanhã e nos dias seguintes
E quando estiverem exaustos e sorridentes
Ainda haja amor pra recomeçar

E se tudo isso acontecer
Não tenho mais nada a lhe desejar

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

POEMA EM LINHA RETA - Fernando Pessoa (Álvaro de Campos)


Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.

E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,
Indesculpavelmente sujo,
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,
Eu que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
Que tenho sofrido enxovalhos e calado,
Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;
Eu, que tenho sido cómico às criadas de hotel,
Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,
Eu que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar,
Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado,
Para fora da possibilidade do soco;
Eu que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,
Eu que verifico que não tenho par nisto neste mundo.

Toda a gente que eu conheço e que fala comigo,
Nunca teve um acto ridículo, nunca sofreu um enxovalho,
Nunca foi senão princípe - todos eles princípes - na vida...

Quem me dera ouvir de alguém a voz humana,
Quem confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Quem contasse, não uma violência, mas uma cobardia!
Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam.
Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?
Ó princípes, meus irmãos,

Arre, estou farto de semideuses!
Onde há gente no mundo?

Então só eu que é vil e erróneo nesta terra?

Poderão as mulheres não os terem amado,
Podem ter sido traídos — mas ridículos nunca!
E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,
Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?
Eu, que tenho sido vil, literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.

MARIO LAGO



Fiz um acordo de coexistência pacífica com o tempo: Nem ele me persegue, nem eu fujo dele, um dia a gente se encontra.

domingo, 4 de dezembro de 2011

Prece - Ricardo Gondim


Meu Deus,
Cheguei onde cheguei com uma mochila nas costas.
Trago momentos bons; e em todos algum pranto.
Somo esses momentos e descubro que estou perto de me ver expulso de uma zona de conforto.
Julguei maus aqueles que despedaçaram o aquário onde eu me sentia acolhido.
Mas, graças a eles, aprendo a nadar do rio selvagem - obrigado a desviar de pedras.
Não posso despencar em cascatas.
Não azedei.
Não guardo rancor de gente cheia de ira, que me estapeou em nome de ideias.
Do fosso da solidão, passei a despir dos andrajos das pretensões grandiosas.
Em minha trsiteza, notei também o teu jeito delicado quando pinçastes as cicratizes abertas.
De tudo, sobrou um pedido: ensina-me a contar os dias que ainda não existem - e que nem sei se viverei.
Por enquanto, preciso de ajuda, quero tirar do alforge que carrego nas cosatas, coisas boas e ruins, o material da minha esperança.